Diante da necessidade de informação aos consumidores, o coordenador Extraordinário do Procon, Eraldo Viana Sant’Ana, vem informar sobre aumentos nos preços dos remédios que devem chegar ao bolso dos consumidores logo após a Páscoa.
No dia 31 de março, sairá no Diário Oficial a autorização do aumento de cerca de 4,5%, baseado na inflação oficial acumulada (IPCA) e na produtividade dos laboratórios. Ao todo, 20 mil remédios terão seus preços alterados. Ficam de fora desta lista os homeopáticos, fitoterápicos e cerca de outros 400 produtos que não precisam de receita, como a Dipirona e o AAS.
O reajuste valerá para medicamentos vendidos sob prescrição médica e precisa ser autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Este percentual de aumento tem como base a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre março de 2009 e fevereiro deste ano. Por isso, o reajuste final só será conhecido após a apuração da inflação deste mês.
O IPCA acumulado em 12 meses está em 4,59%, índice que deve subir com a apuração de fevereiro, mas que pode sofrer ligeira variação para baixo ou para cima, de acordo com a produtividade dos laboratórios medida pela concorrência dos remédios de marca com os genéricos.
Já é esperado por vários consumidores este aumento, tendo em vista as tabelas de equivalência entre os remédios de marca e os genéricos, que são bem mais baratos, mas também sofrem reajuste anual de preços em março.
A opção para escapar da alta, lembra o coordenador, é torcer para o aumento da oferta de remédios nas farmácias populares. Subsidiadas pelo governo, esses estabelecimentos vendem genéricos de uso contínuo, cuja variação de preços em relação aos de marca, chega a 3.500 vezes.