Procurando conhecer melhor a situação dos projetos ambientais em funcionamento no município, técnicos da Secretaria do Ambiente vistoriaram o ecoponto de recolhimento de óleo dos barcos pesqueiros mantido pela prefeitura. Instalado no Porto do Barbudo, na Nova Holanda, o ecoponto atende à Resolução 362/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a qual determina que todo óleo lubrificante usado ou contaminado deva ser coletado e ter destinação final, de modo a não afetar negativamente o meio ambiente e propiciar sua máxima recuperação.
De acordo com a prefeitura, o óleo lubrificante usado nas embarcações, quando descartado diretamente no meio ambiente, pode ocasionar prejuízos à flora e fauna, daí a importância de ser corretamente manipulado. Neste sentido, o município, por meio da SEMA e com recursos do Fundo Ambiental, inaugurou em janeiro de 2012 um ecoponto para recolher o óleo diretamente das embarcações, visando conscientizar o pescador dos problemas causados pelo óleo ao ambiente. Desde então, o óleo é coletado diretamente dos barcos por uma bomba a vácuo, evitando o despejo nas águas do rio.
A equipe visitou, além do ecoponto, vários outros locais para avaliar possível mudança de endereço, a fim de facilitar o acesso por parte dos pescadores. Após a compilação dos dados, juntamente com a Secretaria Municipal de Pesca, eles serão chamados à Capitania dos Portos e ao Iate Clube de Macaé para discutir possíveis soluções estruturantes, objetivando também uma campanha sistemática de educação ambiental para proteção do Rio Macaé.
Conforme dados da Associação Mista de Pescadores, fornecidos pelo diretor Arquimedes Batalha, existem cerca de 500 embarcações em Macaé, das quais menos de 10% utiliza o ecoponto para a troca do óleo. O restante destina o óleo por outros meios sem controle. “Muitas pessoas guardam esse óleo para lubrificar peças de motores e pintar moirão, entre outras utilidades. Por isso é importante sempre lembrar que é preciso depositar os óleos nos postos de coleta, porque qualquer destino inadequado do óleo pode contaminar o meio ambiente”, alerta.
Para a prefeitura, essa declaração evidencia a atual falta de estruturação do projeto no que tange à educação ambiental, para sensibilização do pescador e da equipe que manuseia o resíduo, e mostra a importância de se investir não apenas em maquinários, mas também na conscientização através e campanhas de educação ambiental.