A Coordenadoria Extraordinária do Procon, por meio do coordenador Eraldo Viana Sant`Ana, orienta os consumidores sobre os produtos cujas vendas serão incrementadas por causa da Páscoa.Uma vez definido o tipo de ovo a ser comprado, a principal dica é a tradicional pesquisa de preços. Outra dica é evitar fazer as compras com crianças, que são facilmente influenciadas pelo modismo e acabam querendo produtos que, nem sempre, caracterizaram bom custo x benefício.
Nos ovos de chocolate é preciso observar se o rótulo contém informações como data de validade, peso líquido, composição, fabricante, se a embalagem está em boas condições, sem furos, amassadas ou com sinais de violação e se os ovos estão longe de produtos de limpeza e fontes de calor. Também deve estar informada no rótulo a lista de ingredientes que compõem o produto, uma vez que algumas doenças impedem, por exemplo, a ingestão de açúcar ou glúten.
Caso o consumidor opte por ovos dispostos em bancas de promoção, com a informação de que estão "quebrados", normalmente mais baratos do que outros em perfeitas condições, o fornecedor não será obrigado a trocar o produto. É importante também ficar atento ao peso dos ovos, pois as numerações indicadas pelos fabricantes nos rótulos não são equivalentes entre as marcas. Quando houver inclusão de brinquedos no interior do produto, o consumidor deve observar se a embalagem traz o selo do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e a idade recomendável para o brinquedo.
Se houver a opção por ovos, bombons ou colombas de fabricação caseira solicite uma visitação à cozinha e a degustação do produto antes da compra. Os fornecedores de produtos fabricados artesanalmente, além de terem de seguir as mesmas regras de comercialização dos industrializados, também estão obrigados a fornecer nota fiscal. Ela é a principal garantia do consumidor em caso de troca ou reclamação.
Outro alimento cujo consumo aumenta na época de Páscoa é o pescado (além de outros produtos obtidos da pesca). Antes de adquirir os pescados no Mercado, o consumidor deve observar se os peixes frescos estão conservados em gelo e verificar sua aparência, observando se os olhos estão brilhantes e as escamas bem presas ao corpo. A higiene e o armazenamento também são itens importantes a serem verificados: no supermercado deve estar em balcão frigorífico e na feira é necessário ter gelo picado por cima, estar exposto em balcão de aço inox, inclinado e protegido do sol e insetos, além de ser obrigatório que o feirante use luvas descartáveis no manuseio.
No caso do peixe congelado e aqueles que são vendidos em embalagens, o balcão onde ele estiver armazenado não pode estar superlotado. Isso impede a circulação do ar frio e compromete sua qualidade. O produto congelado deve estar conservado sempre a temperaturas inferiores a 18 graus e o resfriado, abaixo de zero grau.
Verifique no rótulo o registro no órgão de fiscalização competente, indicação de temperatura para conservação, data de acondicionamento e prazo de validade. Depois de descongelado, é recomendável que seu preparo e consumo sejam feitos rapidamente. Nestes alimentos deve constar o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou do Serviço de Inspeção Municipal (SIM).
Quanto ao bacalhau, procure conhecer sua procedência. Uma boa pesquisa de preços e tipos de qualidades pode levar a uma compra mais acertada. Não adquira se o peixe estiver com manchas avermelhadas ou pintas pretas no dorso, sinal que indicam a presença de bolor ou deterioração. Por ter um preço de venda relativamente alto, uma sugestão seria substituir o bacalhau por peixes frescos da temporada.
As condições de pagamento sempre devem ser apresentadas ao consumidor de forma clara, precisa e ostensiva. Quando em parcelas, deve ser informado o preço à vista, número e valor de cada parcela, identificação dos juros cobrados e valor total financiado.
Havendo dúvidas, o consumidor deve procurar o órgão de Vigilância Sanitária ou o Procon para esclarecimentos.