Este status sanitário possibilita a exportação de produtos agropecuários
A conquista do status sanitário de Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ao Estado do Rio de Janeiro será comemorada pela Secretaria de Agroeconomia de Macaé, no dia 30, às 11h, no Parque de Exposições Latiff Mussi. A cerimônia marcará o encerramento da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa 2024.
No evento estarão presentes membros de associações e cooperativas de produtores pecuaristas e representantes de órgãos do setor. Macaé possui cerca de 90 mil cabeças de gado. O Secretário de Agroeconomia, Eduardo Jardim, ressaltou a importância deste selo para o estado. "É uma conquista gigantesca para a área da agropecuária. É a primeira vez que o Estado do Rio de Janeiro recebe este título. Só havia dois estados que ainda eram área de vacina contra a aftosa, Rio e São Paulo. Apenas estes dois estados não estavam contribuindo para a exportação de produtos agropecuários. Vamos alavancar isso. É uma virada de chave enorme para o Estado do Rio".
Ele ainda destacou: "A vacina contra a aftosa é um trabalho importante de pesquisadores para a defesa agropecuária. Ele envolve a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro). Por isso, é muito importante que esta discussão seja ampliada. Macaé está na posição de primeiro lugar no estado em rebanho de gado em confinamento. É também o segundo maior em pecuária do Rio".
O município realiza gestão de aquisição de doses para incentivar aos pequenos produtores a manterem seu gado vacinado. Proprietários com até 150 animais podem pegar as vacinas gratuitas na sede da secretaria, que fica no Parque de Exposições Latiff Mussi Rocha, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os donos dos animais devem levar isopor e gelo para transportar as doses. A vacinação prosseguirá até o dia 30.
Encerrada a campanha deste ano, o Estado do Rio terá atingido os objetivos do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE PNEFA) que visa proteger o patrimônio pecuário nacional. Esta última campanha de vacinação é obrigatória para todos os animais do rebanho, independentemente da idade. O produtor que não imunizar e declarar a vacinação do seu rebanho pode ser multado e ter a propriedade interditada.
A Febre Aftosa afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos e traz prejuízos como limitações à comercialização de produtos pecuários. O Brasil registrou o último foco de febre aftosa em 2016. Desde 2018, todo o território do país é reconhecido internacionalmente como livre da doença (zonas com e sem vacinação).