Foto: João Barreto
Sagui é um animal silvestre e não pode ser criado como se fosse doméstico
Conhecido como “pequeno macaco”, um sagui foi flagrado por guardas ambientais de Macaé sendo transportado por uma mulher, grávida de seis meses, em um ônibus urbano no município, na Rodovia Macaé-Glicério (RJ-168), na manhã desta segunda-feira (25).
Os agentes chegaram até o animal após denúncia anônima de que a mulher transportava um mico leão dourado. Ela ficou nervosa com a presença dos guardas ambientais e foi acompanhada por eles e o marido até o Hospital Público Municipal (HPM), onde foi liberada logo após atendimento.
A mulher contou que trouxe o sagui da Bahia, em novembro, assim que ele nasceu, e não foi parada por nenhuma fiscalização na estrada. Em Macaé, carregava o animal para todo lugar onde ia.
Esperto, gracioso, brincalhão e fácil de transportar, o sagui chama a atenção de crianças e adultos, mas, como é animal silvestre, não pode ser criado como se fosse doméstico e precisa de nota fiscal e autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Mas poucas pessoas sabem disso, como é o caso da comerciária, cuja identidade não será divulgada.
O sagui foi levado para a base da Guarda Ambiental, em Morro Grande, onde recebe alimentação adequada até ser devolvido ao seu habitat natural na Bahia. O destino dele de volta para casa será resolvido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), pois depende de cuidados no manejo sanitário, como ambiente limpo e desinfetado, e um viveiro com espaço, já que é brincalhão e bastante ágil. Cada sagui custa em média R$ 2.800,00.
A Guarda Ambiental também está cuidando de um gavião, apreendido pela Secretaria Municipal de Ambiente, com uma das asas quebradas. O gavião é uma ave de mato, da família Accipitridae, a mesma das águias.